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FMPortugal Tempo Extra Off-Topic Casa das Artes The Van
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The Van
Sobrado

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#271
07-06-2013, 20:06

We're back, bitches.

E em grande. Dentro de algumas horas, review ao álbum da afirmação do raga como pedra angular da nova cara dos Beatles: Revolver.
[Imagem: OynHPes.png]
When the snows fall and the white winds blow, the lone wolf dies but the pack survives.

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Mingos

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#272
07-06-2013, 20:06
Cool
[Imagem: L3EHmKs.png]
"Ir ou estar no Dragão, é o mesmo que ir ou estar na casa e no coração de todos e cada um de nós, pois todos somos o Dragão, símbolo do nosso clube e da nossa cidade."

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Dani

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#273
07-06-2013, 20:06
:lol3:
"Azul, branca, indomável, imortal, como não pôr no Porto uma esperança se "daqui houve nome Portugal"?"

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Febra10

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#274
07-06-2013, 21:06
Ca espero por essa analise xD
[Imagem: 2wodc3o.png]

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Mingos

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#275
08-06-2013, 00:06
[Imagem: G3mIZ59.png]

The Beatles | Revolver [1966]

[Imagem: Revolver.jpg]

Estivemos ausentes, e pedimos desculpa por não vos termos incomodado com as nossas reviews maçadoras. É um incómodo terno, podemos garantir. Temos enorme apreço pelos nossos (poucos) leitores, e por isso mesmo decidimos premiá-los pela espera durante este hiato com uma análise a um clássico da música moderna. E, por incrível que pareça, é uma estreia no nosso Primavera Sound. É tempo para fazermos uma visita aos nossos tão queridos The Beatles, a um álbum que não só mudou a música em geral como a própria visão do Mundo sobre os quatro de Liverpool: Revolver.

Já muito foi dito sobre a banda mais bem-sucedida de todos os tempos. E tudo o que é dito tem sido verdade. Menos as partes más. Os Beatles talvez sejam a melhor banda de todos os tempos, e são, sem sombra de dúvida, os melhores criadores de melodias de todos os tempos. E Revolver é um exemplo claro do melodymaking incomparável, invejável e perfeito da dupla de compositores e intérpretes mais reconhecível de sempre, John Lennon e Paul McCartney.

Mas não descuremos a presença do terceiro Beatle mais célebre, e não por isso com menos talento, George Harrison. Revolver é o álbum de afirmação de George como membro que dava o carácter mais "espiritual" aos Beatles. E a sua conversão ao movimento Hare Krishna, assim como a sua pública admiração pela música tradicional indiana, reflectiu-se muito na sonoridade deste álbum de 1966. No mesmo ano, em Rubber Soul, ouvia-se pela primeira vez o Raga Rock dos Beatles em "Norwegian Wood (This Bird Has Flown)", e essa influência espiritual de George nos quatro voltou a ouvir-se no trabalho posterior dos Fab Four, em, por exemplo, "Love You To" e "Tomorrow Never Knows". Como diz a célebre citação, "Lennon was the soul, Paul was the heart, Harrison was the spirit...Ringo was just the drummer".

Em suma, momentos como "Taxman" ou "She Said She Said", com riffs demonstrativos do melhor Blues Rock que se fez pelos sixties, melodias perfeitas em "Eleanor Rigby", "I'm Only Sleeping" ou "Good Day Sunshine", a icónica "Yellow Submarine" ou a malha raga "Tomorrow Never Knows" consagram Revolver como um dos melhores álbuns de todos os tempos e que abriu caminho para uns Beatles mais experimentais e rebeldes que não se tinham ouvido até aqui. Não é o meu álbum preferido dos Beatles [Sobrado talking], mas o meu álbum preferido desses génios vai variando conforme o ano, mês, semana, dia ou hora. Talvez já o seja amanhã. Porque tomorrow never knows.

[align=center][video=youtube][media=youtube]-LOgMWbDGPA[/media]

Análise individual às faixas:
E começamos logo a cobrar. ”Taxman” e o homem dos impostos vem atrás de nós. Ou um riff muita bom de guitarra. Seja como for, início muito bom. Solo muito bom também (o Harrison é muito bom. Muito bom também a repetição do muito bom). ”Eleanor Rigby” e temos uma das melhores composições da banda britânica. Os violinos magistralmente tocados, a voz do fundo do mundo de Lennon, a vocal principal de McCartney, tudo. ”I’m Only Sleeping” e uma música hipnótica, que, de facto, põe-nos “a dormir”. Uma fabulosa guitarra distorcida ataca-nos a meio da música. E quando pensamos que a música acaba…lá ela continua. Génios. Em ”Love You To”, sejam bem vindos ao pioneiro uso da cítara na música ocidental. Uma composição maravilhosa por parte de George Harrison, o Beatle calmo. ” Here, There And Everywhere” e temos uma melodia linda, simplesmente linda. Faltam adjetivos para estes 4 gajos, por isso, foda-se. Só isso. Destacamos o coro que dá uma beleza ainda maior à música. E agora, perguntam, vocês? DÁ-LHE RINGO!!!!!1111!!!!1!! “Yellow Submarine”, uma das músicas mais conhecidas deste grupo. Deixa-nos sempre com um sorriso na cara, enquanto canto a música. Passamos para uma outra música genial. “She Said She Said”. Alusiva a drogas, um dos melhores riffs da história musical e possivelmente, a melhor música do álbum. E é porque existem a “Eleanor Rigby” e a última do álbum. Seguimos para “Good Day Sunshine”, o despertador do Mingos. E ele não ficou cansado da música. ”And Your Bird Can Sing” e um uma dupla Lennon-Harrison a darem um show brutal. ”For No One” e uma composição tipíca de McCartney. Muito coração, muita introspeção. Mas uma random trompeta aparece e capta-nos a atenção. Mas, já estamos tão doentes, que falta-nos um doutor. É o Roberto! Não, não é o pateiro, é o ”Doctor Robert”. Faz tudo o que pode e ajuda-nos. Um grande homem! E uma grande música. ”I Want To Tell You” e descemos um pouco de qualidade. Depois do que ouvimos até agora, obviamente que as expectativas estão demasiado altas. “Got To Get You Into My Life” e uma música que junta Blues Rock com Jazz. McCartney com uma voz estupenda, uma guitarra azul (ohhhhhhhhh) e uma trompeta (ou lá o que seja, é de sopro vá.) Mas o melhor ainda vem. ”Tomorrow Never Knows”, e uma malha malha malha. Como terminar um álbum. Psicadelia, música indiana, rock, pop, putas e vinho verde, tudo e mais alguma coisa. Terminou assim um dos melhores álbums da história da música contemporânea. Parabéns Beatles. São os melhores de sempre. E ainda faltam 7 ou 8.

Nota para o Mingos: 10
Nota para o Sobrado: 10
Nota Média: 10
[Imagem: L3EHmKs.png]
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Sobrado

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#276
08-06-2013, 00:06
Melhor capa. :lool:
[Imagem: OynHPes.png]
When the snows fall and the white winds blow, the lone wolf dies but the pack survives.

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Dani

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#277
09-06-2013, 16:06
Melhor banda, etc.
"Azul, branca, indomável, imortal, como não pôr no Porto uma esperança se "daqui houve nome Portugal"?"

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Mingos

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#278
15-06-2013, 02:06
Na próxima sexta, novidades sobre o tópico!
[Imagem: L3EHmKs.png]
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Sobrado

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#279
21-06-2013, 19:06
[Imagem: G3mIZ59.png]

[Imagem: lqG2aHu.jpg?1]

Boards Of Canada | Tomorrow's Harvest
Mingos – 9,1
Sobrado – 8,5
Média – 8,8

Neste novíssimo Tomorrow's Harvest os escoceses Boards Of Canada demonstraram ao Mundo o porquê do reconhecimento e aclamação que conseguiram na década passada entre os fãs da electrónica. Num álbum muito regular e com poucas falhas, ouvimos a prova viva de que a electrónica não é necessariamente música de dança. O "ambient dance" que estes Boards Of Canada nos apresentaram desde o seu início têm em malhas (que nos deixam estáticos) como "Jacquard Causeway" ou "New Seeds" compensam faixas menos boas como "White Cyclosa", um autêntico interlúdio do disco. S

[Imagem: QOepDRJ.jpg?1]

The Holydrug Couple | Noctuary
Mingos – 9,0
Sobrado – 8,6
Média – 8,8

Tame Impala? Não, uns gajos chilenos, os The Holydrug Couple. Revolver? Não, é o "Noctuary". Um álbum, que apesar de ser completamente desconhecido, é muito bom. Tem dois problemas, gira sempre em torno do mesmo e falta voz. A musicalidade é importante, mas uma voz tambem o é. Aconselhamos aos fãs de Tame Impala e de rock psicadélico, uma grande surpresa. Os pontos fortes são “Follow Your Way”, “Out Of Sight” e “I’m Dawning”, que vos põe drogados, contrastando com a mediana “Wonder”. M

[Imagem: UR7jtN4.jpg?1]

Lost In Kiev | Motions
Mingos – 8,0
Sobrado – 7,8
Média – 7,9

Post-rock, post-metal bastante underground, sendo que forneceram este trabalho de graça no seu site. Misturam muitas vezes sons brutais e violentos com outros mais calmos e suaves. Combinam também samples de vozes a “falarem”. Álbum grande em qualidade e em tamanho. Chega a enjoar, mas conta com composições magníficas como “Hope, Fights & Disillusions” e “A Mere Shift of Origin”, contrariando um final que podia ser melhor. Aconselhamos aos fãs de barulho. M

[Imagem: 20HO8kz.jpg?1]

Metz | Metz
Mingos – 8,3
Sobrado – 7,3
Média – 7,8

O noise punk destes Metz foi um dos projectos mais aclamados de 2012, mas a mim, sinceramente, nunca me convenceu na totalidade. Num conjunto de onze músicas coesas (ou até demasiado?) e semelhantes entre si, as guitarras enraivecidas e os berros punk tanto nos levam ao grunge do início dos anos 90 como nos remetem para o punk rock dos Japandroids. Acaba por ser um álbum em que distorção é o que não falta, e chegamos ao fim do álbum com alguma falta de sabor. Todavia, "Wet Blanket" ou "Headache" são malhas que aconselhamos todos a ouvir. S
[Imagem: OynHPes.png]
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Sobrado

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#280
22-06-2013, 22:06
[Imagem: G3mIZ59.png]

A Semana Em Review

[Imagem: lqG2aHu.jpg?1]

Boards Of Canada | Tomorrow's Harvest
Mingos – 9,1
Sobrado – 8,5
Média – 8,8

Neste novíssimo Tomorrow's Harvest os escoceses Boards Of Canada demonstraram ao Mundo o porquê do reconhecimento e aclamação que conseguiram na década passada entre os fãs da electrónica. Num álbum muito regular e com poucas falhas, ouvimos a prova viva de que a electrónica não é necessariamente música de dança. O "ambient dance" que estes Boards Of Canada nos apresentaram desde o seu início têm em malhas (que nos deixam estáticos) como "Jacquard Causeway" ou "New Seeds" compensam faixas menos boas como "White Cyclosa", um autêntico interlúdio do disco. S

[Imagem: QOepDRJ.jpg?1]

The Holydrug Couple | Noctuary
Mingos – 9,0
Sobrado – 8,6
Média – 8,8

Tame Impala? Não, uns gajos chilenos, os The Holydrug Couple. Revolver? Não, é o "Noctuary". Um álbum, que apesar de ser completamente desconhecido, é muito bom. Tem dois problemas, gira sempre em torno do mesmo e falta voz. A musicalidade é importante, mas uma voz tambem o é. Aconselhamos aos fãs de Tame Impala e de rock psicadélico, uma grande surpresa. Os pontos fortes são “Follow Your Way”, “Out Of Sight” e “I’m Dawning”, que vos põe drogados, contrastando com a mediana “Wonder”. M

[Imagem: UR7jtN4.jpg?1]

Lost In Kiev | Motions
Mingos – 8,0
Sobrado – 7,8
Média – 7,9

Post-rock, post-metal bastante underground, sendo que forneceram este trabalho de graça no seu site. Misturam muitas vezes sons brutais e violentos com outros mais calmos e suaves. Combinam também samples de vozes a “falarem”. Álbum grande em qualidade e em tamanho. Chega a enjoar, mas conta com composições magníficas como “Hope, Fights & Disillusions” e “A Mere Shift of Origin”, contrariando um final que podia ser melhor. Aconselhamos aos fãs de barulho. M

[Imagem: 20HO8kz.jpg?1]

Metz | Metz
Mingos – 8,3
Sobrado – 7,3
Média – 7,8

O noise punk destes Metz foi um dos projectos mais aclamados de 2012, mas a mim, sinceramente, nunca me convenceu na totalidade. Num conjunto de onze músicas coesas (ou até demasiado?) e semelhantes entre si, as guitarras enraivecidas e os berros punk tanto nos levam ao grunge do início dos anos 90 como nos remetem para o punk rock dos Japandroids. Acaba por ser um álbum em que distorção é o que não falta, e chegamos ao fim do álbum com alguma falta de sabor. Todavia, "Wet Blanket" ou "Headache" são malhas que aconselhamos todos a ouvir. S

[Imagem: h5AnwHF.jpg?1]

Palma Violets | 180
Mingos – 9,3
Sobrado – 8,5
Média – 8,9

Com uma sonoridade que denota influências que vão dos Smiths aos Libertines, dos Arctic Monkeys aos Vaccines, os Palma Violets são a nova coqueluche do rock britânico, causando um impacto menor e tendo um hype menos notório, é verdade, do que as bandas acima citadas, mas igualmente creditadas como das maiores promessas do Indie Rock da actualidade. "Best Of Friends", faixa inicial do álbum com já algum airplay nas rádios é a porta de abertura para um rock saudosista e apaixonado, num álbum fechado com chave de ouro com a malha de 8 minutos chamada "14". Um dos fenómenos da música a ter mais atenção nos próximos tempos.
[Imagem: OynHPes.png]
When the snows fall and the white winds blow, the lone wolf dies but the pack survives.

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Dani

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#281
22-06-2013, 22:06
Vou ouvir isso tudo. Big Grin
"Azul, branca, indomável, imortal, como não pôr no Porto uma esperança se "daqui houve nome Portugal"?"

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Sobrado

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#282
27-06-2013, 18:06
[Imagem: G3mIZ59.png]

Kanye West | Yeezus [2013]

[Imagem: kanye-yeezus-blank-cover-500x438.jpg]

Depois do enorme trabalho de colaboração com Jay-Z, o aclamado “Watch The Throne” (que terá análise brevemente neste cantinho) e de uma colaboração também ela boa numa compilação da GOOD Music, chegámos ao tão aguardado Yeezus. O nome é a junção de Yeezy com Jesus! [/capitão óbvio] Bem, dá para entender que ele acha-se o “salvador” da música. E nós cá o estaremos para receber a mensagem do senhor.

Tendo uma campanha quase nula, sendo as únicas promoções projecções em 66 diferentes locais de uma música do seu novo álbum e uma atuação no Saturday Night Live, o próprio Kanye afirmou que "With this album, we ain't drop no single to radio. We ain't got no NBA campaign, nothing like that. Shit, we ain't even got no cover. We just made some real music." E…bem, achamos que, pelo menos, isto não tem merdas sem sentido e más.

Todo o álbum é inovador. Explora o Chicago drill, dancehall, acid house, e a música industrial e deixa um pouco de lado o lado RnB e Soul dos primeiros três álbuns e alinha aqui numa…coisa mais estranha, mais sombria. E não será por causa da vida que tem vindo a levar. Anda a comer a Kardashian (chora Akiedis) e vai ter um filho e deverá ter boas vendas. Por isso, porque raio decidiu optar por isto? Uma questão que não sabemos responder, e deixaremos em aberto.

Temos aqui algumas malhas de hip-hop, como “Blood On The Leaves”, “New Slaves”, e “I Am A God”, mas o melhor (para o Mingos) é sem dúvida o final. “Bounde 2” é uma faixa musical com um grande significado por detrás, com samples maravilhosos, enfim, acabar um álbum, é assim. Genialidade de Kanye, que é sem dúvida o melhor artista mainstream da atualidade, ou pelo menos o foi, já que isto é tudo menos música para rádio.

[align=center][video=youtube][media=youtube]v4S06rfMnrY[/media]

Análise individual às faixas:
Começamos Yeezus com um dos inícios de álbum mais estranhos de que tenho memória. E logo em "On Sight" se nota um Kanye diferente. A música alterna bizarramente entre uma batida de clube da dança composta pelos Daft Punk e um sample de um coral de igreja do Sul dos EUA. Diferente, no mínimo. À segunda faixa, em "Black Skinhead", ouvimos uma batida militar que acompanha a o grito de guerra de Kanye durante a música. Chegamos ao primeiro grande momento do álbum em "I Am A God". Numa colaboração bem-sucedida com "God", como é creditado, mas que na realidade é Justin Vernon, líder dos Bon Iver, ouvimos uma das melhores letras feitas por Kanye, juntamente com um instrumental sempre de cariz industrial, como no resto de Yeezus. Logo à quarta faixa, chega mais um momento de música experimental, mostrando que Kanye é muito mais do que um rapper. Contando com uma batida novamente estranha, durante a primeira parte da músic, "New Slaves" termina com um outro samplado da banda de prog-rock húngara Omega, por cima do qual se junta Frank Ocean a dar voz.
Chegávamos a "Hold My Liquor" com a clara ideia de que este não era o mesmo Kanye a que estávamos habituados, embora nesta quinta faixa Kanye volte ao uso do auto-tune, numa nova colaboração com Justin Vernon e Chief Keef, sendo que o mesmo acontece em "I'm In It", mais uma faixa muito bem conseguida que dá inicio à segunda metade do álbum.
Chegamos finalmente àquele que é (para o Sobrado) o momento mais deslumbrante de Yeezus. Voltando à receita que lhe valeu sucesso em Late Registration, Kanye West usa em "Blood On The Leaves" um sample do maravilhoso clássico blues norte-americano, "Strange Fruit", interpretado por Nina Simone, o que faz desta sétima faixa uma das melhores do ano até ao momento. "Guilt Trip" mostra mais uma vez Kanye debruçando-se sobre uma relação falhada, dando continuidade a um dos temas mais recorrentes nos seus álbuns, numa colaboração com Kid Cudi. "Send It Up" revela um lado reggae/dancehall em fusão com industrial à la Nine Inch Nails, o que não deixa de ser uma novidade no tão polivalente Kanye West. "Bound 2" fecha Yeezus com chave de ouro, com mais dois samples geniais, um de um grupo vocal dos 70's, Ponderosa Twins Plus One, e outro da diva da música country, Brenda Lee. Absolutamente lindo.
Em suma, Yeezus é um álbum para ter tudo menos airplay de rádio. Onde estarão agora os fãs de "Heartless" ou "POWER"?

Nota para o Mingos: 9,7
Nota para o Sobrado: 9,2
Nota Média: 9,5
[Imagem: OynHPes.png]
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MiguelTrigueiros

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#283
27-06-2013, 18:06
Muito bom Prayer

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Mingos

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#284
27-06-2013, 18:06
Gostaria de corrigir. Acho a New Slaves, juntamente com a San Francisco, a música do ano Colb Todo o álbum é magnífico Respect
[Imagem: L3EHmKs.png]
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Mingos

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#285
17-07-2013, 17:07
[Imagem: G3mIZ59.png]

A Semana Em Review

[Imagem: 73927]

Happy End | Kazemachi Roman
Mingos – 9,8
Sobrado – 9,7
Média – 9,8

Descoberta maravilhosa por parte do Sobrado. Estes japoneses, conhecidos como os “Beatles Japoneses” apresentam-nos aqui, provavelmente, o melhor álbum asiático de música de sempre. Encontramos blues rock a pop rock, passando por psicadélico e pelo rock n roll. Como se se tratassem dos próprios Beatles. Malhas como “Taifuu”, baladas magistrais como “Kaze Wo Atsumete” (que até fez parte do filme “Lost In Translation”) fazem deste album um dos que nos deu mais gosto conhecer, ouvir e avaliar. Must Hear! M

[Imagem: unknown-mortal-orchestra-ii-full-album-150x150.jpg]

Unknown Mortal Orchestra | II
Mingos – 9,0
Sobrado – 8,7
Média – 8,9

Ao segundo longa-duração, os Unknown Mortal Orchestra superaram o desafio do "difícil segundo álbum". E com distinção. Numa sonoridade que varia entre a Soul dos 60's e o Psicadélico dos 70's, são mais uma banda retro, à semelhança de Tame Impala e Foxygen, mas que dão o seu cunho pessoal à música que produzem. Malhas como "Faded In The Morning", baladas como "So Good At Being In Trouble" e riffs como o de "Secret Xtians" fazem de II um dos álbuns mais interessantes de 2013. S

[Imagem: SMITH-WESTERNS-SOFT-WILL-150x150.jpg]

Smith Westerns | Soft Will
Mingos – 9,6
Sobrado – 9,3
Média – 9,5

Uma das surpresas que mais nos agradou neste nosso cantinho. Dream Pop (com uma pitada dos nossos amados Beatles) acompanham-nos por quase todo este álbum. Sim, quase todo. Encontramos uma solitária faixa de prog rock em "XXIII". Século Vinte e Três, portanto. Não há nenhum ponto fraco no álbum, mantendo sempre a enorme qualidade, com músicas como "Idol", "3AM Spiritual", "Best Friend" e "Varsity". M

[Imagem: R-150-433560-1112828948.jpg]

Pavement | [B]Crooked Rain, Crooked Rain[/B]
Mingos – 8,7
Sobrado –9,9
Média – 9,3

Liderados por Stephen Malkmus, os Pavement são uma das bandas da cena indie mais aclamadas de sempre, e um dos principais motivos para esse motivo está em "Crooked Rain, Crooked Rain", álbum de 1994 que foge de um lado mais violento demonstrado em "Slanted And Enchanted", muito influenciado pelo som dos Pixies ou Sonic Youth, para um registo mais College Rock, à semelhança dos REM, e abrindo caminho para bandas como Blur, Modest Mouse ou Shins. Um dos álbuns mais marcantes dos últimos anos, que com "Gold Soundz", "Range Life" e "Fillmore Jive" coloca os Pavement como autores de algumas das melhores músicas que já foram feitas. S

[Imagem: R-150-1145857-1195819609.jpeg]

Syd Barrett | The Madcap Laughs
Mingos – 8,2
Sobrado – 8,0
Média – 8,1

Syd Barrett, mais conhecido por ter feito parte dos Pink Floyd e por ter sido a grande inspiração de álbuns icónicos como Wish You Were Here, também teve uma curta carreira a solo antes e durante a sua estadia na banda londrina. O seu primeiro álbum foi lançado em 1970 e era este mesmo The Madcap Laughs, álbum cheio de psicadelismo, vertente musical essa que se pode confirmar nos primeiros álbuns da carreira dos Floyd. Não sendo um álbum brilhante, tem bons momentos como "Octopus" ou "Long Gone" e que demonstram bem o génio complicado mas...genial de Syd. S

[Imagem: R-150-2112987-1281655387.jpeg]

Zeca Afonso | Cantares do Andarilho
Mingos – 9,3
Sobrado – 8,9
Média – 9,1

A par de outros grandes nomes da música tradicional portuguesa como José Mário Branco, Fausto ou Janita Salomé, Zeca Afonso notabilizou-se como músico de intervenção, mas a sua música acaba por ir bastante mais longe do que apenas à lírica e ao tema. Musicalmente, este segundo álbum de Zeca Afonso, Cantares Do Andarilho, é de uma pureza melódica estonteante, em que a guitarra e a voz do músico de Aveiro se fundem numa simbiose perfeita para formar algo novo na música portuguesa. Não sendo o trabalho mais conhecido de Zeca, é certamente um dos mais valiosos. S[/align]
[Imagem: L3EHmKs.png]
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