Review a (What's The Story) Morning Glory, Demon Days, The Great Escape, xx, Revolver e cenas do género ou nada feitlol!!!11!!!1!
[INDENT][INDENT][INDENT][INDENT][INDENT][INDENT][INDENT][INDENT][INDENT][INDENT][INDENT]Temam o melhor (not) piloto de sempre [/INDENT][/INDENT][/INDENT][/INDENT][/INDENT][/INDENT][/INDENT][/INDENT][/INDENT][/INDENT][/INDENT]
Daniel Ferreira Escreveu:Vens a fute que ele faz-te essas reviews.
omfg
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The Velvet Underground | The Velvet Underground & Nico [1967]
Se não é o álbum mais influente de todos os tempos, não deve andar muito longe. Haverá álbuns dos Beatles, Stones, Dylan, ou Doors (tudo nomes mais consensuais do que os Velvet) que figurarão na lista dos mais influentes de sempre para a generalidade dos mortais. Mas para uma parcela muito significativa dos melómanos esse álbum foi determinante enquanto farol, influência, símbolo.
No fim dos anos 60, teve origem na zona underground de Nova Iorque uma nova vaga criativa incrivelmente marcante para as gerações musicais que se seguiram, muito por "culpa" de uns rapazitos chamados Lou Reed e John Cale, que tiveram como mentor Andy Warhol, que é descrito como produtor do álbum, mas que, na verdade, foi muito mais uma inspiração espiritual do que alguém com influência musical no disco. E se existe um disco capaz de personificar esse turbilhão criativo ele é The Velvet Underground & Nico, o "álbum da banana", como haveria de ficar conhecido, por causa da mítica capa da autoria de Warhol.
Sem este mesmo disco não teria havido David Bowie ou Iggy & The Stooges, pelo menos da forma como os conhecemos. É impossível pensar na Nova Iorque artística da segunda metade dos anos 1970, personificada na música pelos Talking Heads ou Patti Smith, sem passar por este disco. É difícil imaginar o punk e o pós-punk simbolizado pelos Sex Pistols e Clash ou pelos Joy Division e Echo & The Bunnymen sem vislumbrar a silhueta desse álbum. É impossível não ver "Velvet Underground & Nico" no melhor rock do final dos anos 80 e início dos anos 90 (Sonic Youth, My Bloody Valentine) ou no renascimento rock impulsionado, nos anos 2000, por Strokes ou Interpol.
Pela primeira vez uma banda soava niilista, tão psicadélica e "dreamy" . É um disco onde tudo é obscuro, extremo, tóxico, desencantado, e a nível da criação melódica é de notar uma mair ligaçãos aos espíritos livres do jazz do que dos modelos mais convencionais do rock.
Apesar de tudo, uma das palavras que pode caracterizar este Velvet Underground & Nico é: anomalia. O disco saiu em Março de 1967, em pleno "Verão do amor", e era uma anomalia desse tempo. Os Velvet não eram hippies, nem queriam nada com eles. As letras não tinham nada de "All you need is love", preferindo abordar temas como paranóias, heroína, sadomasoquismo, desejo, morte: o lado B dos anos 60.
Quando ouvimos este disco, meio século depois, podemos pensar que este álbum estava tremendamente "avant-garde", à frente do seu tempo. E custa a crer que só tenham sido vendidas 30 mil cópias do mesmo nos seus primeiros anos. Mas o que interessa mesmo aqui, é aquilo que o famoso produtor e músico Brian Eno veio dizer uns anos depois: ""everyone who bought one of those 30,000 copies started a band." Essa frase resume em poucas palavras toda a influência de "Velvet Underground And Nico".
Que disco seria melhor para começar? Os Velvet foram, à sua maneira, a primeira banda "alternativa" do rock. E "Velvet Undergound And Nico" é a banda sonora perfeita das últimas décadas do mundo contemporâneo.
Análise individual às faixas: Começamos com Sunday Morning. Aquele início calmo, soft…como se fosse, de facto, um domingo de manhã. Dat celeste (sim, celeste). Simplesmente um exemplo de como devemos de começar um álbum. De seguida, passamos para a I’m Waiting For A Man, uma das músicas mais populares, falando da espera por o tal “man” para comprar heroína (irão reparar que Heroína é tema central) por 26 euros. Femme Fatale, uma faixa que fica no ouvido. Vocais de apoio a serem bem aplicados (“She’s a Femme Fatale”). Venus In Furs…ora, segundo a Wikipedia: "the song includes sexual themes of sadomasochism, bondage and submission." …acho que isto diz tudo. Na opinião do Mingos, música completamente nonsense. Na opinião do Sobrado, mindfuck, mas ótima. Na Run Run Run, faz lembrar um pouco os cowboys and that kind of stuff, um riff/guitarra muito bons que começa a preparar a faixa 7. Em All Tomorrow’s Parties, podemos dizer que começa aqui um interlúdio. Diriamos que começa aqui a melhor parte do álbum. Excelente, excelente e excelente. A guitarra e genialidade de Lou Reed a serem ponto assente nesta música. Mas o melhor está para vir. Faixa 7. Heroin. É unânime entre nós que é uma das melhores músicas de sempre, e um verdadeiro hino do indie. Quem não dá por si a cantar “Heeeeeeeeeeeeroooooiiiiin”? Em There She Goes Again, coordenação viciante entre a bateria de Tucker e a guitarra de Reed. Em I’ll Be Your Mirror, uma das músicas favoritas do Mingos. Querem cantar uma música de amor com uma guitarra? Têm esta. "I'll be your mirror/Reflect what you are/in case you don't know" Em The Black Angel's Death Song, faixa completamente estranha. Na nossa pesquisa, a letra tem a ver com uma figura da morte, daí o The Black Angel. Na última música do álbum, European Sun, temos (mais uma vez) uma instrumental esquisita, mas é nesta que compreendemos que é preciso ser-se genial para escrever/tocar coisas destas. Não admira serem tão admirados e aclamados musicalmente. Um álbum que toda a gente deveria de ouvir uma vez na vida.
Nota para o Mingos: 9,1
Nota para o Sobrado: 9,7 Nota Média: 9,4
[Prometemos da próxima vez não escrever tanto, esta foi especial!]
When the snows fall and the white winds blow, the lone wolf dies but the pack survives.
Basicamente, amanha é um disco à minha escolha, domingo à escolha do Sobrado e por aí fora. Podem também sugerir álbuns que nós avaliamos :lool:
"Ir ou estar no Dragão, é o mesmo que ir ou estar na casa e no coração de todos e cada um de nós, pois todos somos o Dragão, símbolo do nosso clube e da nossa cidade."