Ataque na Ponte de Londres: vítimas atropeladas e esfaqueadas

[Sobrado]

Não é verdade que só se têm feito ataques em Inglaterra, e de qualquer das formas é perfeitamente normal que esse seja um dos países mais focados pelos lunáticos dos atentados porque Londres, por exemplo, é uma das capitais do mundo ocidental, daí que cidades como a capital inglesa, Paris ou Nova Iorque estejam mais sujeitas por motivos simbólicos. E não só: o facto de serem cidades extremamente populosas torna mais eficaz um ataque deste género, para além de que qualquer ataque tem muito maior exposição mediática, que é exactamente o que pretendem. E também não é coincidência que haja ataques em Inglaterra, um país que, com o Brexit, está a tentar fechar fronteiras a longo-prazo a tudo o que seja proveniente de países islâmicos, mesmo que uma boa parte da cultura inglesa e particularmente londrina actual e desde há mais de duas ou três décadas seja muito baseada num melting pot de culturas diferentes, incluindo muçulmanas.

"Bombardear bases é a mesma coisa que nada". Acho que podemos ficar por aqui. Achas que é só a quantidade de dano feito que importa? É muito mais importante a intenção, o simbolismo do ataque, é o afirmar de uma guerra aberta. A maneira de o ISIS contra-atacar, não podendo ser no terreno, dada a desvantagem numérica e logística, é a de convencer a diáspora de extremistas islâmicos que há por todo o ocidente a cometerem actos bárbaros como estes.

E eu não disse que a culpa é dos ocidentais. PARTE da culpa é de CERTOS ocidentais, o que é uma enorme diferença. Obviamente que a culpa parte de quem vê em actos completamente desumanos uma forma de combater quem não pratica a mesma religião ou quem representa "o mal". Mas uma outra parte da culpa recai sobre não só ocidentais que se "converteram" a este modo de vida absurdo (muito mais do que à religião, porque essa é perfeitamente legítima) como também sobre outros ocidentais como o Trump e os seus comparsas trumpistas, ou Le Pen e a Frente Nacional, ou Wilders e a restante extrema-direita norte-europeia, que acham que é com ódio que se combate o ódio.